Nos primeiros dias de funcionamento já nasceram, no Hospital Municipal Materno Infantil da Serra, em Colina de Laranjeiras, 40 bebês, sendo 23 normais e 17 cesarianas. Esses dados são das 7 horas de sábado (19) até o meio-dia desta quarta-feira (23).
No meio dessa turma estão o Nathan e a Natasha, os primeiros gêmeos do hospital. Eles nasceram na manhã de terça (22), de parto normal. Na verdade, segundo a mãe dessa duplinha, a dona de casa Ana Cléria Silva Sabadini, 31 anos, eles estavam mesmo era com pressa.
“Senti as dores em casa. Até tentei segurar um pouco, mas não teve jeito. Logo que chegamos ao hospital, fomos encaminhados para o consultório médico, para fazer uma avaliação. Para nossa surpresa, uma das crianças já estava nascendo. Foi uma correria danada. A equipe do hospital me levou para outra sala (de Pré-Parto, Parto e Pós-Parto/PPP) e, assim que chegamos lá, a bolsa estourou e as crianças nasceram”, lembrou, a dona de casa.
O Nathan foi o primeiro a conhecer a mãe. Era 9h28min, segundo o pai dos gêmeos, o autônomo Jadson Santana Porto da Silva. Em seguida, às 9h35min, a Natasha. Muito se engana quem pensou que a correria do nascimento é a melhor história dessa família, que há 12 anos mora em Bairro de Fátima, na Serra.
Os filhos mais velhos de Ana Cléria e Jadson também são gêmeos. Lorenzo e Luan têm 12 anos e também nasceram de parto normal. Depois dessa duplinha ainda veio a Jade, de seis anos. “Foi um baque, no início. Não foi uma gravidez planejada e, quando fiz a primeira ultrassonografia, soubemos que seria um bebê. Só que, no exame seguinte, tivemos a confirmação de que seríamos pais, novamente, de gêmeos. As crianças estão muito felizes”, lembrou a mãe, tendo o pensamento arrematado pelo pai dos bebês.
“Os médicos nos explicaram que temos muitas chances de termos filhos gêmeos. Isso porque há outros casos, nas duas famílias. A médica ainda disse: ‘se continuar, virão mais. Foi um milagre a Jade ter vindo sozinha’”, contou Jadson.
Como as coisas tendem a se acalmar depois de uma tempestade, não foi diferente na família de Ana Cléria e Jadson. “Toda a família está nos apoiando, assim como os amigos e vizinhos. Estão todos felizes. Neste momento, temos um berço e estamos ganhando algumas coisas. Ainda nos faltam as fraldas, mas vamos conseguir tudo se Deus quiser”, ressaltou, confiante, o pai.
Se não bastasse a dobradinha de gêmeos em casa, a correria para chegar no hospital a tempo, Nathan e Natasha ainda nasceram em 22/02/2022. “A data tem um monte de número dois, não é? E são dois!”, brincou o pai, informando que o parto estava previsto para esta quarta (23). “Eu não tinha nem parado para pensar nisso. Se eu esperasse mais um pouco, teriam nascido em casa mesmo”, completou Ana Cléria.
Capacidade
Neste primeiro momento, o HMMI contará com 50 leitos para alojamento de gestantes e puérperas de risco habitual; Centro Obstétrico com três salas cirúrgicas e sete quartos PPP (de Pré-Parto, Parto e Pós-Parto); exames de imagem e laboratoriais e sala de vacina.
Quando estiver operando, na sua totalidade, a partir de abril/maio deste ano, o Hospital Municipal Materno Infantil terá a capacidade mensal para 638 internações obstétricas de risco habitual e 255 de risco alto, além de 51 internações de cirurgia pediátrica; 128 internações de ginecologia clínica e cirúrgica; 55 internações em Unidade de Terapia Neonatal (UTIN); 51 internações de Tratamento Intermediário Neonatal Convencional (UCINCO); 26 internações em Unidades de Tratamento Intermediário Neonatal Prematuro (UCINCA), ou leito-canguru; 51 internações em Unidade de Terapia Intensiva Adulta (UTI); isso sem contar com as 3.240 consultas de pronto-socorro e 2.304 consultas em ambulatório de especialidades.
Créditos (Imagem de capa): Edson Reis | Secom-PMS
Comentários: y4w4n