O Pix foi desenvolvido pelo Banco Central do Brasil, no ano ado, e revolucionou a forma de receber e pagar, permitindo fazer transferências e pagamentos para qualquer banco ou fintech, em questão de segundos, e sem custos para o consumidor.
No entanto, após quase um ano do seu lançamento, tem crescido o número de golpes cometidos por criminosos, que utilizam a ferramenta como meio para transferências irregulares de dinheiro ou para conseguir dados pessoais e bancários dos consumidores, com o objetivo de roubar senhas e efetuar fraudes.
Por essa razão, o Instituto Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-ES) faz um alerta para algumas fraudes estão sendo cometidas.
Um golpe muito comum está relacionado ao recebimento de link por SMS. O consumidor recebe uma mensagem de texto informando que um valor sairá da sua conta e que caso não reconheça a transação deve clicar em um link.
Também são enviadas mensagens informando que há um Pix programado em nome de terceiros e que para cancelar o consumidor deverá clicar em um link.
Ainda ocorre o recebimento de mensagens por e-mail, tendo como remetente o nome de uma empresa conhecida, afirmando que o destinatário teve sua conta bloqueada e que para desbloquear deve-se clicar em um link malicioso.
Outro golpe que envolve transações via Pix é a clonagem de WhatsApp. Sem perceber tratar-se de uma fraude, o consumidor rea para os criminosos os códigos de autenticação do aplicativo e a partir daí os bandidos se am pela pessoa e pedem dinheiro emprestado para contatos conhecidos, por meio de transferências via Pix.
Ainda há o “golpe do perfil falso” e o “troquei de número”, que não envolve a clonagem da conta do WhatsApp. Criminosos utilizam dados e fotos obtidas de redes sociais, conseguem o contato de amigos e parentes da vítima e tentam convencê-los de que o número de celular é novo e pedem dinheiro emprestado via Pix.
Também tem sido aplicado o golpe do “bug do Pix”, no qual os criminosos induzem a pessoa a acreditar em um suposto erro do sistema para aplicar a fraude.
O diretor-presidente do Procon-ES, Rogério Athayde, conta que como forma de diminuir a quantidade de golpes e melhorar a segurança da ferramenta, o Banco Central anunciou que irá implementar novas medidas no pagamento por Pix para reforçar a segurança.
“Haverá redução no limite da transferência durante o período noturno, prazo mínimo de 24h para aprovação de aumento do limite de transações e cadastro prévio de contas que poderão receber Pix acima dos limites estabelecidos. Diante deste fato, o Procon-ES acompanhará de perto as medidas adotadas pelo Banco Central, bem como sua real eficácia”, afirma o diretor.
Athayde acrescenta que o Código de Defesa do Consumidor é claro ao estabelecer a responsabilidade objetiva do fornecedor, sendo seu dever arcar com eventuais prejuízos decorrentes dos serviços ofertados e prestados.
Caso o consumidor seja vítima de algum golpe, deverá registrar imediatamente um boletim de ocorrência, comunicar à instituição financeira e denunciar o fato aos órgãos de defesa do consumidor.
Fique atento e evite fraudes
-Confira o remetente dos e-mails recebidos e não e páginas suspeitas;
-Nunca clique em links recebidos por e-mail, WhatsApp, redes sociais ou SMS para cadastro da chave Pix ou para cancelamento ou confirmação de transações;
-Cadastre suas chaves Pix apenas nos canais oficiais dos bancos, como aplicativo bancário, Internet Banking ou agências;
-Nunca compartilhe o código de verificação recebido quando você realiza o cadastro da chave Pix;
-Não faça qualquer tipo de cadastro no Pix a partir de ligações telefônicas ou contatos pelo WhatsApp;
-Não forneça senhas ou códigos de o fora do site do banco ou do aplicativo;
-Não faça transferências para amigos ou parentes sem confirmar por ligação ou pessoalmente que realmente se trata da pessoa em questão, pois o contato da pessoa pode ter sido clonado ou falsificado.
Créditos (Imagem de capa): Pixabay
Comentários: y4w4n