Na semana em que se comemora o Dia do Estudante de Direito os desafios ainda são muitos. O advogado e presidente da Ordem dos Advogados do Brasil da Serra, Ítalo Scaramussa lança um olhar sobre o futuro da profissão no Brasil.
“O Conselho Federal da Ordem precisa urgentemente retomar o protagonismo de outrora, não só do ponto de vista técnico, mas também com um importante papel político de defender a qualidade do ensino do Direito no país. A OAB está distante do Ministério da Educação (MEC). É preciso a união de forças para manter e fiscalizar a qualidade do ensino jurídico no Brasil”, conta.
Neste contexto, o Brasil tem mais faculdades de Direito do que todos os países no mundo, juntos. Existem mais de 1.240 cursos superiores para a formação de advogados em território nacional enquanto no resto do planeta a soma chega a cerca de 1.100 universidades.
Scaramussa reforça que deve ser criada uma força tarefa a fim de fiscalizar a qualidade do ensino no país.
“O ensino do Direito à distância é um desafio hoje em dia, instituído sem maiores debates. A evolução tecnológica e o o ao meio digital, de fato proporcionam um tipo de ensino mais dinâmico e ível, porém são necessárias discussões para o aprimoramento nas grades curriculares ofertadas à distância. Hoje muitas faculdades não estão preparando o estudante para a atual realidade da profissão e isso se reflete em altos índices de reprovação no Exame da Ordem. Se existe um conselho que daria a todos que adentram a área do Direito seria: estudem, se especializem, cobrem e lutem por um ensino de qualidade”, defende.
Como surgiu o Dia do Estudante de Direito?
A escolha da data é uma homenagem à figura de Santo Ivo (Ivo Hélory de Kermartin), considerado pela Igreja Católica o “advogado dos pobres” ou o “padroeiro dos advogados.
Santo Ivo viveu de 1253 a 1303 e estudou Direito Civil em Paris. De acordo com a história, ele praticou a advocacia de maneira brilhante, tanto na corte eclesiástica quanto na civil. Em 1284, ingressou no sacerdócio e construiu um hospital para os pobres.
A lenda conta que, durante toda a sua vida, Santo Ivo atuou em ação social e sempre esteve à disposição para auxiliar e dividir os seus bens e conhecimentos com quem precisava, por isso ficou conhecido como defensor de pobres, viúvas e órfãos.
Ele faleceu em 19 de maio de 1303, na França.
Créditos (Imagem de capa): Divulgação
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