Cerca de 500 mulheres de sete bairro da Serra receberão absorventes, a partir desta terça-feira (26). A iniciativa é resultado da Campanha Absorvendo o Bem, realizada, em parceria, pela Associação dos Empresários da Serra (ASES) e a Prefeitura da Serra, que arrecadou 25.064 unidades de absorventes higiênicos femininos que serão doados a meninas em vulnerabilidade social.
De acordo com a Secretaria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, além das meninas, mulheres na mesma situação de vulnerabilidade social, serão atendidas com o kit contendo 112 absorventes higiênicos.
Este primeira entrega, nesta terça-feira (26), será na Arena Jacaraípe. Ao todo, mulheres e meninas de sete bairros receberão o kit. Nesta semana, ainda acontecem as entregas em Feu Rosa, Vila Nova de Colares, Novo Horizonte, Jardim Carapina, Central Carapina e Planalto Serrano.
O público selecionado para receber o material vivencia uma realidade de pobreza menstrual, que segundo a titular da Secretaria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, precisa ser combatida. "Muitas adolescentes faltam às aulas por não terem condições financeiras para adquirir absorventes. Isso impacta nos nossos indicadores educacionais. Além disso, muitas outras mulheres não têm condições de prover sua higiene íntima, o que provoca várias doenças e infecções, impactando a saúde pública. Precisamos compreender que o ciclo menstrual é uma condição física inerente à mulher", declara Gracimeri Gaviorno.
A Campanha Absorvendo o Bem continua
A campanha foi lançada em agosto para arrecadar e ofertar absorventes para mulheres e meninas que sofrem com a pobreza menstrual. Atualmente há pontos de coleta do material na Secretaria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, em Serra Centro, e no Pró-Cidadão, em Portal de Jacaraípe.
A realidade menstrual vivida por meninas brasileiras, descrita num relatório realizado pelo estudo “Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdade e violações de direitos”, do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), apontam que 713 mil meninas vivem sem o a banheiro ou chuveiro em seu domicílio e mais de 4 milhões não têm o a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas do país inteiro.
Essa vulnerabilidade social corresponde a ausência de condições sanitárias mínimas para que as pessoas possam gerenciar sua menstruação é uma violação de direitos humanos e uma condição que distancia o país do alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), como o ODS 3, relacionado à saúde e ao bem-estar.
Créditos (Imagem de capa): Reprodução | Portal Dráuzio Varela
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