Uma gestão compartilhada valoriza o diálogo e, os últimos ataques contra a comunidade escolar no País, foram pauta de uma reunião que aconteceu na manhã desta terça-feira (11), na Prefeitura da Serra. O prefeito Sergio Vidigal recebeu uma comissão de mães de alunos matriculados na rede municipal de ensino não só para apresentar como, também, para ouvir sugestões sobre as medidas de segurança que foram traçadas para implantação imediata nas unidades de ensino.
As mães também apresentaram, por meio de uma carta aberta, medidas entendidas como solução para restaurar a tranquilidade no ambiente escolar. Andriana Venturi é uma das integrantes da comissão que pode expor sua preocupação, motivada pelas falsas ameaças de atentados contra a comunidade escolar.
“Apresentamos, aqui, uma carta aberta para reivindicar, em caráter de urgência, medidas de segurança para conter e inibir as falsas informações. Entre os pedidos está a patrulha escolar, vigilantes armados nas escolas, dispositivo de alerta imediato, ações de cuidados com a saúde mental”, pontuou.
Ampliação na rede de segurança estabelecida desde a última quinta-feira (6)
Sergio Vidigal ressaltou que, desde a última quinta-feira(6), as medidas que ampliam a segurança da comunidade escolar, através do Educação em Alerta, já estão sendo implantadas. “A implementação será imediata. O Educação em Alerta a a integrar o programa Serra Proteger, da secretaria municipal de Defesa Social. Reconhecemos a necessidade de cortar pela raiz os discursos de ódio, que tem incitado a violência exacerbada em crianças e adolescentes”.
Vidigal continuou o diálogo chamando atenção para a importância da cultura de paz. “Não podemos combater violência com violência. Claro que estamos reforçando a segurança para estarmos preparados para eventuais atentados, no entanto, mais do que isso, precisamos instaurar acultura de paz nas escolas, criar ações que cuidem da saúde mental dos nossos alunos, abordar os temas que despertam o discurso de ódio, como o bullying”, enfatizou.
Medidas
O Educação em Alerta inclui os investimentos em tecnologia na promoção da segurança, como as câmeras diretamente ligadas à central de videomonitoramento do Olho Vivo, neste momento, presentes em 40 escolas com ampliação imediata para outras Unidades de Ensino; a patrulha escolar, que conta com equipes que vão atuar exclusivamente nas escolas, realizando visitas tranquilizadoras.
Também serão disponibilizados botões, que são sinais de alerta em situações de emergência. Além disso, o aprimoramento no contrato de porteiros, que arão a ter escala de 12x36 horas. Com isso, garantindo o controle de entrada e saída nos períodos de ir e vir dos alunos.
Cultura da Paz
Tão importante quanto os investimentos em instrumentos e pessoas, está o reforço da ideia de ações que promovam a cultura de paz. Esse viés envolve ações e atividades que trabalhem valores, a autoestima dos estudantes da rede, a disponibilização de psicólogos e assistentes sociais dentro das escolas prezando pela saúde mental da comunidade escolar.
Território Afetivo
Os programas Transitolândia e Território Afetivo também fazem parte do escopo de medidas em prol da segurança nas escolas. O Território Afetivo promove o diálogo entre os alunos, por meio de rodas de conversa.
Sinal de alerta
As equipes da Educação estão em formação para manuseio do controle de pânico, dispositivo com botão que chega às escolas ainda em abril. Em situação de perigo, o dispositivo será acionado e já contata a central de videomonitoramento e o operador da central acionará a equipe da Guarda Civil Municipal que estiver mais perto.
A secretária municipal de Educação, Luciana Galdino, falou, enquanto mãe de aluno da rede, educadora e secretária. "Nós estamos acompanhando as escolas de perto e já começamos a implementação das medidas necessárias a nível gestão municipal. Na segunda-feira (10), enviamos um ofício aos diretores com orientações para adaptação da nova rotina de trabalho, que requer uma atenção redobrada em ações rotineiras como, por exemplo, entrada e saída de pessoas das unidades de ensino”, explicou.
O secretário municipal de Defesa Social, Joel Lyrio, detalhou todos os pontos apresentados pela comissão, explicando quais são cabíveis e quais não são pertinentes, por infringir alguns direitos. “Nós reforçamos a segurança nas escolas e estamos trabalhando juntos à Educação, atentos para inibir as ameaças. Entendemos os dois lados, e já começamos a implementar as medidas que de fato vão restaurar a segurança nas escolas. Vamos combater a violência sem incitar mais violência”, disse.
Créditos (Imagem de capa): Leandro Pereira-Secom/PMS
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