Combinando tecnologia e saúde bucal, já é possível no Espírito Santo que os capixabas façam implante e próteses dentárias com muito mais precisão, velocidade e até finalizadas em até 24 horas. O advento é graças a uma tecnologia chamada CadCam que, aliada ao scaneamento intraoral do paciente, que garante um tratamento muito mais ágil e seguro que o modelo convencional.
Segundo explica o mestre em reabilitação oral, Dr. Victor Padilha, precursor dessa tecnologia no Espírito Santo, todo esse resultado é graças a uma série de evoluções tecnológicas e de aparelhagem.
“O fluxo digital, também conhecido como odontologia digital, é a nova tecnologia nos consultórios odontológicos. É utilizado para diagnóstico, planejamento e tratamento dos pacientes e pode ser aplicado em todos os processos odontológicos. Ele inclui o uso de imagens 3D obtidas através do escaneamento intraoral da cavidade bucal, inclui o uso de softwares para auxiliar no planejamento do tratamento, bem como impressoras 3D ou sistemas de fresagem em cerâmicas, que permitem a produção de modelos, guias cirúrgicos, restaurações ou próteses provisórias e definitivas”, explica Padilha.
A reabilitação oral nada mais é do que devolver a funcionalidade ao paciente. "Cada tratamento é particular, podendo ser feita por fins estéticos ou não. Mas seu principal objetivo é devolver a função mastigatória ao paciente, por meio de tratamentos como implantes dentários, coroas, restaurações, próteses, ortodontia, odontologia de modo geral", conta Victor, que ainda explica como é feito o procedimento na prática. “No fluxo digital tudo é feito previamente no computador e assim que planejado é replicado na boca", afirma.
Boa parte dessa tecnologia vem da Alemanha, que utiliza softwares de última geração. “Usualmente, três etapas básicas compõem o sistema: a digitalização, o desenho e a produção. Os que são mais utilizados no fluxo digital são: Scanner intraoral 3D, Software, Impressoras 3D e Fresadoras CADCAM”, detalha o odontólogo.
Dentre as principais diferenças do modelo convencional, Victor explica, estão a precisão e a conclusão do tratamento se destacam. “O fluxo digital apresenta uma série de vantagens, sendo livre das diversas etapas laboratoriais para confecção dos modelos, eliminando possíveis distorções que o analógico produz, diminuindo os possíveis ajustes, tempo clínico e trazendo mais rapidez na finalização do tratamento”, explica.
Isso é possível devido a substituição das etapas laboratoriais pelo escaneamento 3D, que garante a diminuição dos erros ou ajustes que possam surgir no decorrer do tratamento por não haver necessidade de moldar o paciente, já que esta etapa é substituída pelo escaneamento 3D.
"Esse método é mais simples, logo o modelo é criado na tela do computador e já pode ser usado para o planejamento e confecção da prótese, ou prototipagem. Desta forma são eliminadas duas etapas da impressão convencional: a obtenção do molde e preparação do modelo de trabalho. Não é necessária a seleção de moldeiras e não há incômodo e desconforto para o paciente que às vezes sente náuseas pelo extravasamento dos materiais de moldagem ou queixa de gosto desagradável. Lembrando que os moldes analógicos por vezes geram distorção”, ressalta.
Victor finaliza que a tecnologia é um divisor de águas na odontologia. Os processos digitalizados fazem da odontologia uma profissão mais assertiva.
Créditos (Imagem de capa): Pixabay
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