As histórias de três pescadores artesanais, de Santa Cruz, Aracruz, serão contadas em curtas metragens de animação, desenvolvidos por alunos da Escola Municipal de Ensino Municipal de Ensino Fundamental Santa Cruz, por meio do projeto Oficina de Cinema de Animação – Pesca Artesanal.
Os curtas serão compostos por desenhos feitos à mão, utilizando a técnica de rotoscopia, que consiste na criação de sequências animadas desenhando as imagens de um vídeo real, quadro a quadro. Os filmes, depois de prontos, serão exibidos pela internet, distribuídos para cineclubes, acervos de escolas e outras instituições de interesse, assim como inscritos em festivais.
A transformação dos desenhos em animação será feita por Bruno Cabús, biólogo, fotógrafo e artista, que atua desde 2008 como arte-educador de cinema de animação, junto com a produtora cultural Mayta Lara, realizadores do projeto. “O produto final do projeto terá toda originalidade e diversidade dos traços dos estudantes participantes e contará sobre a pesca artesanal da região, da qual muitas famílias tiram seu sustento”, destaca Bruno.
Cabús trouxe a técnica para o projeto através de uma experiência que teve em Pernambuco. “Participei da produção de um videoclipe da banda Devotos, de Recife, com mais 120 animadores. Um ano de coleta de desenhos de animadores do Brasil inteiro”, relembra.
Por conta da pandemia, as atividades dos estudantes estão sendo desenvolvidas em casa. Os 60 participantes receberam um kit contendo todo o material para a produção e aprendizado de desenhos animados. Os desenhos realizados pelos jovens serão digitalizados e editados em um filme para cada turma.
Sobre a técnica de rotoscopia
O princípio da rotoscopia é criar uma animação em cima de uma performance real. Para a Oficina de Cinema de Animação – Pesca Artesanal, foram gravados vídeos que os estudantes da Escola Municipal de Santa Cruz estão desenvolvendo seus desenhos.
Ainda em maio os três curtas metragens, resultados do projeto, serão lançados no YouTube.
Para conhecer mais sobre o projeto e o Instagram: @animapescarte
Sobre a sustentabilidade com a pesca artesanal
Em Aracruz, o Rio Piraquê-Açu tem seu destaque. Com 50 km de extensão, o Piraquê-Açu é a principal fonte de abastecimento de água para a região e dele dependem cerca de 140 mil pessoas. Junto ao Piraquê-Mirim, integra a Bacia do Piraquê, e juntos, os rios formam uma enseada belíssima, onde as águas encontram-se com o mar, na Vila de Santa Cruz.
A região possui a maior área de manguezais por município do estado do Espírito Santo. São 15,80 Km² de manguezais da bacia do Rio Piraquê, que reúnem um ecossistema de grande biodiversidade com grande importância para a sociedade local, em especial as de ordem social, no fornecimento de alimentos, na preservação das características gastronômicas turísticas e na geração de renda.
Nas suas águas salgadas, o Rio Piraquê-Açu reúne ricas espécies de robalo, tainha, vermelho, sirioba e carapeba. Navegável em quase toda sua extensão, por barcos e por escunas, a região conserva as características do ecossistema local, assim como a pesca artesanal, da qual muitos tiram seu sustento. A pesca artesanal é uma atividade eco amigável, em que a maioria das técnicas utilizadas reduz a captura acidental de espécies.
Créditos (Imagem de capa): Divulgação
Comentários: y4w4n