As festas de fim de ano, por conta da pandemia da Covid-19, ainda não têm definição exata de acontecerem. Mesmo com algumas restrições suspensas, conforme o quantitativo de vacinados e a liberação de eventos dentro de limites pré-estabelecidos por órgãos responsáveis, as festividades ainda não são uma certeza.
O Espirito Santo anunciou, na sexta-feira (26), o 83º Mapa de Risco Covid-19, com vigência desta segunda-feira (29) até o próximo domingo (5). Todos os 78 municípios capixabas estão classificados em Risco Baixo. Não há maios municípios em Risco Moderado ou Alto e até o momento, nenhuma microrregião conseguiu atingir os três índices para a classificação de Risco Muito Baixo.
Esse último dado é preocupante e pode mudar completamente a programação dos municípios para, em especial para o carnaval do ano que vem.
Os defensores de eventos como Réveillon e Carnaval, por exemplo, argumentam que sua realização, sendo em local aberto, traz menos riscos, especialmente com os índices de vacinados chegando ao ideal para cada região. Porém, especialistas contestam essa afirmação, uma vez que em locais abertos não há controle.
Especificamente sobre o Réveillon, a Secretaria Municipal de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer da Serra, confirma queima de fogos para o litoral da cidade no Réveillon: Nova Almeida, Manguinhos, Bicanga, Carapebus e Jacaraípe, que vai contar com uma balsa com os fogos e shows com atrações locais.
Já sobre o Carnaval 2022 a Prefeitura da Serra ainda não confirma a realização do evento e informa que membros da secretaria de turismo estão em diálogo com os tradicionais blocos da cidade. O município afirma ainda, que está aguardando liberação do Governo do Estado para a realização do Carnaval.
Para Ehel Maciel, epidemiologista, professora da Universidade Federal do Espirito Santo (Ufes), enfermeira e pesquisadora do CNPq, há uma nova variante da doença e diante desse novo cenário, ela acredita que eventos que não tenham esse controle de entrada de pessoas com o aporte vacinal fiquem ameaçados de acontecer
“Quando é possível a gente ter controle de entrada de pessoas a um evento, que pode ser exigido o comprovante de vacinação ele pode até acontecer. Agora um evento que você não tem como controlar, em caso de surto da doença, não é possível rastrear essas pessoas e tomar as medidas cabíveis”, explica.
O que diz o Governo do Espirito Santo?
De acordo com a Secretaria de Estado de Turismo (Setur), portarias do Governo permitem apenas eventos nos municípios classificados em risco baixo em espaços fechados com até 1.200 pessoas e observando 50% da capacidade delimitada no Alvará do Corpo de Bombeiros, além da exigência do comprovante de vacinação e a obrigatoriedade do uso adequado de máscara. Já os eventos em áreas abertas têm restrição de 50% da capacidade do local, mas não há limitação numérica de público.
Em áreas abertas como, por exemplo, praias, não há limitação de 50% de capacidade, porém, é recomendado o uso adequado de máscara até que tenhamos autorização final da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a possível liberação.
A Setur esclarece também que o Governo do estado está trabalhando para que os municípios alcancem os índices de vacinação desejados para que os mesmos sejam classificados em risco muito baixo e, para isto, é necessário que os municípios alcancem 90% das pessoas com mais de 60 anos imunizados com as três doses da vacina contra o Covid -19.
Créditos (Imagem de capa): Pixabay
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