Plínio Meireles Mouras, 33 anos, natural de Goiânia, veio para o Espírito Santo com 17 anos e se apaixonou pelas terras capixabas, onde conheceu a esposa Virgínia Meireles. Uma história linda e de amor à primeira vista que, inicialmente, sofreu os percalços de um namoro à distância.
“Eu vim para o Espírito Santo em 2008 para conhecer pessoalmente a minha esposa Virgínia Meireles. Nos conhecemos e namoramos um ano à distância pelo Orkut, MSN e ligações. Quando cheguei aqui fiquei encantado, maravilhado com tudo que nunca tinha visto antes: praias, mar, montanhas, colônias de culturas italianas, alemãs, portuguesas. Paixão à primeira vista por este estado maravilhoso e aí a inspiração artística renasce né”, declara o artista.
Mas, como tudo na vida, a vinda para o estado ou por muito aprendizado e percalços também. Num dado momento da vida de Plínio, ele foi diagnosticado com depressão, doença que atinge milhares de pessoas mundo a fora, e a arte foi uma das principais saídas para superá-la. “Eu estava depressivo, amedrontado, apavorado, desesperado. Apesar da maioria das pessoas a minha volta me verem como uma pessoa engraçada, brincalhona eu vivia em luto espiritual e a tristeza. O ódio o desejo de fazer besteira com a minha vida”, relata Meireles que é cristão e conta que a fé foi o seu conforto para esses dias difíceis.
Ele relembrou o dom que teve início quando tinha apenas 8 anos de idade. Ainda criança, Plínio aprendeu a transformar seus “rabiscos” em arte e atualmente dedica parte do seu tempo em grafitar, fato que deu início a Tribo dos Rabiscos. O projeto atua em conjunto com o #PintandoParaDeus, que desenvolve “rabiscos” coloridos em igrejas e periferias do Espírito Santo. “Estou muito feliz, pois a minha arte, as minhas pinturas, os meus rabiscos e os meus desenhos me libertaram para a vida. Voltar a praticar desenhos, me salvou para a vida”, declara.
Entre os espaços que a Tribo já deixou sua marca Pínio destaca: Feu Rosa, Nova Carapina I e o mais recente, no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Alayde De Souza Moraes, em Vista da Serra II. “Este trabalho caiu no meu colo como um presente de Deus eu não tenho nenhuma dúvida disso. Eu conheci a diretora do CMEI, Charlene, ela estava na loja que trabalho precisando de um produto para fazer doações a famílias carentes e meu coração ardeu”, relembrou o artista.
Plínio foi responsável pelas ideias dos desenhos, traçou um planejamento e a diretora aceitou o desafio, convocando toda comunidade a se voluntariar no projeto e o resultado encantou a todos, inclusive às crianças, que fizeram questão de demonstrar a alegria por meio de cartazes de agradecimento. “Foi uma emoção surreal na minha vida, os cartazes eu vou colocar todos nas paredes aqui do meu atelier em forma de agradecimento a todos”, finaliza Plínio.
Tribo dos Rabiscos
A Tribo também faz telas decorativas de quarto de crianças, decoração de interiores, quadros, desenhos em áreas de lazer, reproduz fotos a lápis, no grafite ou coloridas, sendo pintadas ou desenhos. Contatos: (27)98819-9915 | @tribodosrabiscos
Créditos (Imagem de capa): Acervo Pessoal
Comentários: y4w4n